Educação a distância: novas possibilidades na educação

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A Persistência em aprender

Para se aprender tem-se que primeiramente persistência. Pois a cada dia, novas e mais novas possibilidades de aprendizagens surgem, dando a cada um de nós, oportunidades de conhecer, compartilhar e organizar o nosso pensamento.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013




Atividade 3.1 - Diretrizes da escola frente ao uso das mídias sociais

Como proposta de uso de uma mídia social, proporia atividades no Face devido a familiaridade e o acesso que os jovens tem hoje em dia com a utilização do celular e das redes sociais permitidas a partir do acesso a  Internet.

Assunto: O uso do Face como proposta pedagógica

Objetivo: utilizar no cotidiano das aulas, os dispositivos do Face

C.H- 5 aulas de 50 minutos

Conteúdo: Aplicativos do Face; Politica de segurança e priovacidade.

Metodologia de trabalho:
  • Primeiramente, promoveria uma oficina com professores e uma com alunos para mostrar as diversas possibilidades de uso dos aplicativos dessa mídia;
  • demonstrar a política de privacidade e segurança do Face, comentando os prós e contras de seu uso;
  • utilizar e oportunizar um debate profundo e fecundo acerca do uso dessa mídia, como forma de esclarecer e aproximar professores e alunos para a boa utlização de forma pedagógica e social, não mais como uma ação escondida, mas bem utilizada em sala, a partir de alguns questionamentos:
    • Que impactos o uso do celular e da internet melhoraram o processo de ensino?
    • o uso da ferramenta, e da mídia Face, são importantes para a aprendizagem, como isso pode acontecer?
    • O que deve ser proibido em sala de aula?
    • Como deve ser o comportamento em sala e na escola, de alunos e professores para a liberação dessa mídia digital no cotiano escolar?
A  partir dai, creio que sairíamos com muitas interrogações, mas também, com respostas para aplicar no dia a dia da escola e da sala de aula.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Curso de Redes de Aprendizagens



Atividade 2.2 - Compartilhando experiências de uso de redes sociais

Reflexões:

O meu ingresso nas redes sociais foi meio que acidental. Ao entrar no e-mail, vi um convite e fui clicando, clicando..., quando vi já estava cadastrada no face.  Quanto ao uso dessa ferramenta, não faço com muita precisão, mas gosto muito de observar os outros,   compartilho e posto pouco.
Quanto a auxiliar alguém, ainda não aconteceu,  devido também, não ter tanto conhecimento. Vou sempre a um espaço que é pessoal e familiar, onde postamos assuntos nossos, convites, fotos entre outros. Então, a minha prática é pequena.
Como maior atividade, é fazer comentários e interagir com alguns conhecidos. Não fico procurando pessoas para falar, pois não tenho tempo para fomentar  nessas pessoas a interação, haja visto não ter tempo para fazê-lo. Principalmente, devido ao bloqueio desse aplicativo no serviço.
Penso que os adolescentes e jovens usam abundantemente essa ferramenta, mas principalmente como forma de comunicação. Ao tenho uma ideia formada, como poderia ser utilizada de forma pedagógica. A não ser que os professores de língua portuguesa fossem buscar a escrita na rede como meio de mostrar a língua culta, haja visto,  que os internautas  se comunicam monossilábicamente,  ou seja, através do internetês.
Tenho algumas críticas em relação ao uso da rede: a primeira é a exposição que é feita pelas pessoas, de sua vida pessoal; de sua identidade, do que faz. Ou seja, de algumas situações que são bem individuais. Essa ‘intervenção’ da vida privada do outro, me incomoda muito. No que tange a segurança, creio que não é total, conforme falam, pois existem muitos casos de intervenção na vida das pessoas.
As diferenças existentes entre a comunidade do e-Proinfo e as outras comunidades, é que nesta em especial, somente participam quem está escrito nos cursos. E de modo positivo, são com especialistas da educação.
Nazaré Corrêa

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Relação Homem-Técnica

As transformações que o mundo vem sofrendo ao longo do tempo, as mudanças vertiginosas impostas pelas tecnologias, demanda uma nova postura da sociedade contemporânea, exigindo a sua inserção na cultura digital para que possa trilhar nos caminhos do desenvolvimento.
Diante desse contexto, analisando o desenvolvimento tecnológico da sociedade atual e, em especial a escola, observa-se  que os  diversos recursos tecnológicos existentes a serviço da educação,favorecem a construção do conhecimento na perspectiva da formação do cidadão, gerando nele uma capacidade de tomada de decisões e de raciocínio crítico frente às questões sociais e políticas do mundo em que está inserido.

Contata-se ainda que, com o advento da  internet , mudou-se a forma de ensinar e aprender. O aluno hoje além do livro, dispõe  da tecnologia, onde  uma diversidade de instrumentos de pesquisa são colocados à sua disposição, tendo o professor um papel fundamental na mediação da construção do conhecimento, favorecendo a interpretação e contextualização da pesquisa , para que ela possa se tornar  verdadeiramente significativa, o que se constitui um diferencial da escola antes, onde o professor era transmissor e o aluno um mero receptor.
Construímos dois vídeos, com demonstração da escola de ontém e da escola de hoje, com seus recursos e ferramentas de aprendizagens. Na fala de cada um demonstra as diferenças existentes em cada época.
Componentes: Nazaré e Eneilde

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Comunidades Virtuais

Comunidade Virtual

Muitos autores têm ressaltado a importância dos meios de comunicação que, através de sua ação modificam o espaço e o tempo, modificam também as relações entre as várias partes da sociedade, transformando também a idéia de comunidade (McLuhan, 1964). Deste modo, também a Comunicação Mediada por Computador está afetando a sociedade e influenciando a vida das pessoas e a noção de comunidade. Por isso, muitos autores optaram por definir as novas comunidades, surgidas no seio da CMC por "comunidades virtuais" (Rheingold, 1996 Palacios, 1998, Donath, 1999 Smith, 1999 Wellman e Gulia, 1999 Paccagnella, 1997, entre outros.) "Comunidade Virtual" seria o termo utilizado para os agrupamentos humanos que surgem no ciberespaço3, através da comunicação mediada pelas redes de computadores (CMC). Rheingold (1996: 20), um dos primeiros autores a efetivamente utilizar o termo "comunidade virtual" para os grupos humanos que travavam e mantinham relações sociais no ciberespaço, define-a:
"As comunidades virtuais são agregados sociais que surgem da Rede [Internet], quando uma quantidade suficiente de gente leva adiante essas discussões públicas durante um tempo suficiente, com suficientes sentimento humanos, para formar redes de relações pessoais no espaço cibernético [ciberespaço]4.
De acordo com a definição de Reinghold, destacamos, como elementos formadores da comunidade virtual as discussões públicas, as pessoas que se encontram e reencontram, ou que ainda, mantêm contato através da Internet (para levar adiante a discussão), o tempo e o sentimento. Esses elementos, combinados através do ciberespaço, poderiam ser formadores de redes de relações sociais, constituindo-se em comunidades. Rheingold deixa de lado um dos pontos mais essenciais da definição do que até então a maior parte dos sociólogos convencionou chamar de comunidade : um agrupamento humano dentro de uma determinada base territorial. E este constitui-se um dos grandes problemas da aplicação do conceito de comunidade ao ciberespaço, para a definição da comunidade virtual, que foi logo apontado por diversos pesquisadores: a ausência de uma base territorial, até então um dos sustentáculos da idéia de comunidade desenvolvida pela sociologia clássica. Alguns autores (Weinrech, 1997 In Jones, 1997, online ) criticam a idéia de comunidade virtual justamente por não conseguirem conceber a idéia de uma comunidade sem um locus específico, trazendo à discussão a necessidade de um local onde a comunidade se estabeleça, ponto este que discutiremos, com a ajuda do conceito de Jones (1997) de virtual settlement . Jones (1997, online ) vê dois usos mais comuns do termo "comunidade virtual". O primeiro refere-se simplesmente como comunidade virtual das diversas formas de grupos via CMC, o que ele diz ser uma "comunidade virtual - lugar no ciberespaço". É o que se entende por suporte da comunidade: as classes de grupos de CMC, como por exemplo, o IRC, os e-mails , etc. O segundo explica que "comunidades virtuais" são novas formas de comunidade, criadas através do uso desse suporte de CMC. Ele chama a primeira definição de textitvirtual settlement " (estabelecimento virtual) e a segunda como verdadeira "comunidade virtual". Jones tenta distinguir a comunidade virtual do lugar que ela ocupa no ciberespaço (virtual settlement ). Em sua teoria, ele afirma que a existência de um virtual settlement geralmente está seguida da existência de uma comunidade virtual associada. Portanto, seria possível identificar comunidades virtuais a partir do encontro de virtual settlements. Ovirtual settlement é um ciber-lugar, que é simbolicamente delineado por um tópico de interesse, e onde uma porção significativa de interatividade ocorre. Eles seriam caracterizados por: (1) um nível mínimo de interatividade, que, para Jones, trata-se da extensão em que essas mensagens em uma seqüência têm relação entre si e, especialmente, como as mensagens posteriores têm relação com as anteriores. É a expressão da extensão de uma série de trocas comunicativas; (2) uma variedade de comunicadores, que é condição associada à primeira característica da interatividade, (3) um espaço público comum onde uma porção significativa do grupo de comunicação mediada por computador interativa de uma comunidade ocorre, onde ele coloca o espaço público como um fator importante na existência da comunidade virtual, e diferencia o espaço público, onde está a comunidade, do espaço privado, onde ocorrem as trocas de mensagem individuais; (4) Um nível mínimo de associação sustentada, ou ainda, uma quantidade de membros relativamente constante, necessária para o nível razoável da interatividade exposta pela primeira característica. As idéias de Jones trazem alguns pontos que podem ajudar-nos a esclarecer um pouco a idéia de "comunidade virtual". Se agregarmos, como o próprio autor determina, ao conceito de comunidade virtual o de virtual settlement , veremos que também existe como condição para a comunidade virtual, a existência de um espaço público, onde a maior parte da interação da comunidade se desenrole. Este espaço, por si só não constitui a comunidade, mas a completa. A comunidade precisa, portanto, de uma base no ciberespaço: um lugar público onde a maior parte da interação se desenrole. A comunidade virtual possui, deste modo, uma base no ciberespaço, um senso de lugar , um locus virtual. Este espaço pode ser abstrato, mas é "limitado", seja ele um canal de IRC, um tópico de interesse, uma determinada lista de discussão ou mesmo um determinado MUD. São fronteiras simbólicas, não concretas. A comunidade virtual é, também, diferente de seu virtual settlement , mas este é parte necessária para a existência da primeira. Logo, a comunidade é diferente de seu suporte tecnológico e não pode ser confundida com ele. "Um servidor de IRC contendo milhares de canais que não possuem relações entre si, por exemplo, não demonstra a existência de uma comunidade virtual, embora um canal ou um pequeno conjunto de canais possa demonstrar." (Jones, 1997, online ). Isso porque o servidor de IRC é o suporte no qual as pessoas podem conectar-se para acessar canais e trocar mensagens. Ele, por si, não é uma comunidade virtual. Da mesma forma, um sistema que permite que várias listas de discussão possam ser geradas através dele (como o Yahoo Groups , por exemplo), não é em si uma comunidade virtual, assim como qualquer outro serviço online onde várias pessoas que não possuem quaisquer relações entre si e cujo único ponto comum é a busca do serviço, não pode ser determinado como uma comunidade virtual. A comunidade pressupõe relações entre os seus membros: a interatividade. Essa questão tem suscitado as mais variadas discussões. Jones (1997, online ) afirma que a interatividade não é uma característica do meio, mas "a extensão em que as mensagens, em uma seqüência, relacionam-se umas com as outras, especialmente na extensão em que mensagens posteriores tem relação com as anteriores5. A idéia de Jones que relaciona a interatividade com as trocas comunicativas. Semelhante é a idéia de Primo (1998, online ). Ele acredita que é preciso partir da interação humana para compreender a interatividade na comunicação humano - computador pois, deste modo, o humano não seria apenas colocado como disparador de programas. Para compreender a interatividade nos meios informáticos, Primo propõe dois conceitos: o de interação mútua e o de interação reativa . A interação mútua se dá de forma negociada, que acontece entre agentes, de forma aberta, através de um processo de negociação, com ações interdependentes que geram interpretações, possuem fluxo dinâmico e cuja relação se dá através da construção negociada. A interação reativa dá-se em um sistema fechado, num processo de estímulo-resposta, com fluxo linear e determinado, relação causal e baseada no objetivismo. Segundo Primo, é nas reações mútuas que se encontra um textitpoderoso canal ou meio que é o computador ligado em rede ". A interação mútua é, portanto, a interação onde as trocas não são predeterminadas, mas caóticas, complexas e imprevisíveis. É a interação que um chat , por exemplo, proporciona. Já a reativa, ao contrário, constitui-se num sistema fechado, de respostas pré-programadas, onde as trocas são determinadas, previsíveis. Nesta construção a interação é classificada pelo modo através do qual se utiliza o meio. A interatividade é, deste modo, uma característica do meio, mas não uma garantia deste meio, pois depende dos usos que cada parte da relação comunicativa fizer. Ela é, como diz Jones, associada às relações entre as trocas comunicativas, mas, trocas essas que só poderão ser possibilitadas pelas ferramentas de que o meio dispõe. A interatividade é um característica da Internet (Palacios, 1998), bem como a massividade. No entanto, só é possível interagir de forma mútua , como a concebida por Primo, se o meio permitir, oferecendo as ferramentas necessárias, se o meio possuir a característica aberta, de via de duas mãos, para as trocas comunicativas. E mesmo que o meio possua essa característica, é ainda, necessário que os elementos ativos efetivamente realizem essas trocas para que se possa afirmar que existe interatividade. A interação mútua é, do nosso ponto de vista, a única capaz de gerar trocas capazes de construir relações sociais e, portanto, comunidades virtuais. O ciberespaço, enquanto espaço comunicativo, permite que esse tipo de interação ocorra, mas não é garantia dela. As características de variedade de comunicadores (pressuposto da interatividade proposta por Jones) e estabilidade de membros demonstram que a comunidade deve ser composta por várias pessoas que estabeleçam trocas entre si. Além disso, as relações sociais devem ser forjadas e mantidas também no ciberespaço, para que a quantidade de membros participantes do virtual settlement permaneça relativamente estável. Essa estabilidade é, em nossa opinião, a característica da permanência. A permanência é outra característica da comunidade virtual. Isso porque, sem a existência em um plano de tempo, as relações entre as pessoas não poderão ser aprofundadas o suficiente para que constituam uma comunidade. Imaginemos que a cada vez que o indivíduo retornar ao virtual settlement , ele precise reiniciar a operação de travar relacionamentos com os demais indivíduos. Parece-nos que seria impossível que um dia estas relações pudessem aprofundar-se de modo suficiente a dar aos indivíduos um senso de pertencimento, pois a cada desconexão tudo aquilo que havia sido construído seria imediatamente destruído. A permanência é o oposto da efemeridade. O pertencimento é o próximo elemento da comunidade virtual. Ele é explicado por Palacios (1998, online ) como um sentido de ligação. Este sentimento para com a comunidade, pode ser encontrado nas noções de Gemeinschaft de Tönies ou mesmo na comunidade emocional de Weber. A comunidade é constituída também sobre sentimento. Primo (1997, online ) afirma que este sentimento é também encontrado na comunidade virtual: "Os participantes de chats reconhecem-se como parte de um grupo e responsáveis pela manutenção das relações." Este sentimento é visto como condição necessária para a existência de comunidade no ciberespaço por diversos autores, como Beamish (1995, online ), que acredita que uma comunidade para ser caracterizada, necessitaria, antes de tudo, de um "sentimento de pertença", ou de ter-se algo em comum. Segundo ela, é preciso que os indivíduos tenham consciência de que são partes de uma comunidade e sintam-se responsáveis por ela, como "partes de um mesmo corpo". No ciberespaço, entretanto, este sentimento é diferenciado da idéia de comunidade offline . Palacios (1998, online ) chama a atenção para o desencaixe entre o pertencimento e a territorialidade. A noção de comunidade offline compreendia o pertencimento como associado ao território geográfico. O pertencimento aqui, se associarmos o território geográfico com o "lugar" determinado no ciberespaço, é efetivamente desencaixado do lugar - território concreto, e associado ao lugar-ciberespacial da comunidade. Mesmo para aquelas que são associadas a uma representação de um espaço territorial real, o sentimento de pertencimento é associado à comunidade em primeiro lugar e não ao território ou mesmo à representação do território. Palácios também fala de uma segunda característica importante do pertencimento na comunidade virtual. Segundo ele, existe uma eletividade do pertencimento, ou seja, é possível escolher a comunidade da qual se deseja fazer parte. "(...)o indivíduo só pertence se, quando e por quanto tempo estiver, efetivamente, interessado em fazê-lo." Wellman, citado por Hamman, afirma que a comunidade virtual não seria uma nova forma de sociabilização, mas simplesmente a comunidade tradicional transposta para um novo suporte para manter seus laços sociais. "[A] CMC é apenas uma das muitas tecnologias utilizadas pelas pessoas através das quais as redes de comunidades existentes comunicam-se 6. Essa crítica fundamenta-se no fato de que grande parte das comunidades virtuais que sobrevivem no tempo trazem os laços do plano do ciberespaço para o plano concreto, promovendo encontros entre seus membros. Acreditamos, pela nossa experiência no estudo do assunto, que muito provavelmente, grande parte dos laços sociais forjados no ciberespaço sejam transpostos para a vida offline das pessoas. No entanto, esses laços continuam a ser mantidos prioritariamente no local onde foram forjados: na comunidade virtual. E mesmo assim, alguns destes laços podem nunca passar para o plano offline , devido à distância geográfica. O que nos interessa, e que cremos que é importante, é não somente analisar como se formam esses laços online , mas também em que medida afetam a vida offline das pessoas. A comunidade virtual pode ser estendida ao espaço concreto, mas continuará tendo seu virtual settlement no ciberespaço. E continuará como um espaço social onde as pessoas poderão reunir-se para formar novos laços sociais. E prioritariamente, essas relações sociais foram estabelecidas no ciberespaço, através da comunicação mediada por computador, de uma forma completamente diversa do estabelecimento tradicional de relações sociais, sem o contato físico, invertendo o processo de formação do laço social (Palacios, 1998, online ). Não é, deste modo, a mesma coisa. Existem diferenças bastante importantes, como procuramos investigar neste trabalho. Essas diferenças estão diretamente relacionadas ao suporte, mas não se resumem a ele.

Conclusão

Existem muitas críticas à idéia de comunidades virtuais Alguns explicam seu posicionamento dizendo que as comunidades virtuais não são nada mais do que comunidades tradicionais mantidas através da CMC (Wellman, citado por Hamman, 1998, online). Outros, no entanto, afirmam que a comunidade virtual não possui um território e, portanto, não seria uma comunidade stricto senso (Weinrech, citado por Jones,1997 online ). O que procuramos demonstrar neste trabalho foi uma discussão teórica a respeito do que viria a ser a comunidade virtual. Apesar da polêmica, diversos autores têm apresentado soluções e argumentos consistentes para a utilização do conceito no ciberespaço. Apesar da modificação de algumas noções da idéia de comunidade offline , os elementos são semelhantes. A comunidade virtual é um elemento do ciberespaço, mas é existente apenas enquanto as pessoas realizarem trocas e estabelecerem laços sociais. O seu estudo faz parte da compreensão de como as novas tecnologias de comunicação estão influenciando e modificando a sociabilização das pessoas. Por isso, acreditamos que a construção teórica do conceito possa ser útil para futuros estudos.

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Notas de rodapé

...orica1
Trabalho apresentado no V Seminário Internacional de Comunicação, no GT de Comunicação e Tecnologia das Mídias, promovido pela PUC/RS.
... Gesselschaft2
Nome da obra de Tönies, no original alemão.
...co3
Na definição de Lemos (1998, online), o ciberespaço pode ser entendido sob duas perspectivas: "como o lugar onde estamos quando entramos em um ambiente virtual", ou seja, num ambiente como as salas de chat, por exemplo, ou ainda, como o "conjunto de redes de computadores, interligadas ou não, em todo o planeta". Ele seria caracterizado como um espaço virtual, não oposto ao real, mas que o complexificaria, público, imaterial, constituído através da circulação de informações. (Lévy, 1999:94, Manta e Sena, 1998 online).
...ço]4
Las comunidades virtuales son agregados sociales que surgem de la Red cuando una cantidad suficiente de gente lleva a cabo estas discusiones públicas durante un tiempo suficiente, com suficientes sentimentos humanos como para formar redes de relaciones personales en el espacio cibernético.
... anteriores5
"Interactivity is not a characteristic of the medium. It is the extent to which messages in a sequence relate to each other, and especially the extent to which later messages recount relatedness of earlier messages".
...

6
CMC is just one of the many technologies used by people within existing network communities to communicate.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Novas Tecnologias

I. Tecnologia

Há muitas formas de compreender a tecnologia. Neste artigo a tecnologia é concebida, de maneira ampla, como qualquer artefato, método ou técnica criado pelo homem para tornar seu trabalho mais leve, sua locomoção e sua comunicação mais fáceis, ou simplesmente sua vida mais agradável e divertida.
A tecnologia, neste sentido, não é algo novo – na verdade, é quase tão velha quanto o próprio homem, visto como homo creator.
Nem todas as tecnologias inventadas pelo homem são relevantes para a educação. Algumas apenas estendem sua força física, seus músculos. Outras apenas lhe permitem mover-se pelo espaço mais rapidamente e/ou com menor esforço. Nenhuma dessas tecnologias é altamente relevante para a educação. As tecnologias que amplificam os poderes sensoriais do homem, contudo, sem dúvida o são. O mesmo é verdade das tecnologias que estendem a sua capacidade de se comunicar com outras pessoas. Mas, acima de tudo, isto é verdade das tecnologias, disponíveis hoje, que aumentam os seus poderes intelectuais: sua capacidade de adquirir, organizar, armazenar, analisar, relacionar, integrar, aplicar e transmitir informação.
As tecnologias que grandemente amplificam os poderes sensoriais do homem (como o telescópio, o microscópio, e todos os outros instrumentos que amplificam os órgãos dos sentidos humanos) são relativamente recentes e foram eles que, em grande medida, tornaram possível a ciência moderna, experimental.
As tecnologias que estendem a capacidade de comunicação do homem, contudo, existem há muitos séculos. As mais importantes, antes do século dezenove, são a fala tipicamente humana (conceitual), a escrita alfabética, e a imprensa (especialmente o livro impresso). Os dois últimos séculos viram o aparecimento de várias novas tecnologias de comunicação: o correio moderno, o telégrafo, o telefone, a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão e o vídeo.
As tecnologias que aumentam os poderes intelectuais do homem, e que estão centradas no computador digital, são mais recentes, tendo sido desenvolvidas em grande parte depois de 1940. O computador vem gradativamente absorvendo as tecnologias de comunicação, à medida que estas se digitalizam.
Várias expressões são normalmente empregadas para se referir ao uso da tecnologia, no sentido visto, na educação. A expressão mais neutra, “Tecnologia na Educação”, parece preferível, visto que nos permite fazer referência à categoria geral que inclui o uso de toda e qualquer forma de tecnologia relevante à educação (“hard” ou “soft”, incluindo a fala humana, a escrita, a imprensa, currículos e programas, giz e quadro-negro, e, mais recentemente, a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, o vídeo e, naturalmente, computadores e a Internet).
Não há porque negar, entretanto, que, hoje em dia, quando a expressão “Tecnologia na Educação” é empregada, dificilmente se pensa em giz e quadro-negro ou mesmo de livros e revistas, muito menos em entidades abstratas como currículos e programas. Normalmente, quando se usa a expressão, a atenção se concentra no computador, que se tornou o ponto de convergência de todas as tecnologias mais recentes (e de algumas antigas). E especialmente depois do enorme sucesso comercial da Internet, computadores raramente são vistos como máquinas isoladas, sendo sempre imaginados em rede – a rede, na realidade, se tornando o computador.
Faz sentido lembrar aos educadores o fato de que a fala humana, a escrita, e, conseqüentemente, aulas, livros e revistas, para não mencionar currículos e programas, são tecnologia, e que, portanto, educadores vêm usando tecnologia na educação há muito tempo. É apenas a sua familiaridade com essas tecnologias que as torna transparentes (i.e., invisíveis) a eles.
“Tecnologia na Educação” é uma expressão preferível a “Tecnologia Educacional”, pois esta parece sugerir que há algo intrinsecamente educacional nas tecnologias envolvidas, o que não parece ser o caso. A expressão “Tecnologia na Educação” deixa aberta a possibilidade de que tecnologias que tenham sido inventadas para finalidades totalmente alheias à educação, como é o caso do computador, possam, eventualmente, ficar tão ligadas a ela que se torna difícil imaginar como a educação era possível sem elas. A fala humana (conceitual), a escrita, e, mais recentemente, o livro impresso, também foram inventados, provavelmente, com propósitos menos nobres do que a educação em vista. Hoje, porém, a educação é quase inconcebível sem essas tecnologias. Segundo tudo indica, em poucos anos o computador em rede estará, com toda certeza, na mesma categoria.
Destas três expressões, a terceira é provavelmente a menos usada. Entretanto, é a única que é tecnicamente correta.
Educação e aprendizagem são processos que acontecem dentro do indivíduo – não há como a educação e a aprendizagem possam ocorrer remotamente ou a distância. Educação e aprendizagem ocorrem onde quer que esteja a pessoa – e esta é, num sentido básico e muito importante, o sujeito do processo de educação e aprendizagem, nunca o seu objeto. Assim, é difícil imaginar como Educação a Distância e Aprendizagem a Distância possam ser possíveis, a despeito da popularidade dessas expressões.
É perfeitamente possível, contudo, ensinar remotamente ou a distância. Isto acontece o tempo todo. São Paulo ensinou, a distância, os fiéis cristãos que estavam em Roma, Corinto, etc. – usando cartas manuscritas. Autores, distantes no espaço e no tempo, ensinam seus leitores através de livros e artigos impressos. É possível ensinar remotamente ou a distância através de filmes de cinema, da televisão e do vídeo. E hoje podemos ensinar quase qualquer coisa, a qualquer pessoa, em qualquer lugar, através da Internet.
Assim, a expressão “Ensino a Distância” será usada neste artigo sempre que houver necessidade de se referir ao ato de ensinar realizado remotamente ou a distância. Que a educação e a aprendizagem possam acontecer em decorrência do ensino é inegável, mas, como já argumentado, isto não nos deve levar a concluir que a educação e a aprendizagem que ocorrem em decorrência do ensino remoto ou a distância também estejam ocorrendo remotamente ou a distância.
A despeito de sua popularidade, Ensino a Distância não é a melhor aplicação da tecnologia na educação hoje. Este lugar deve ser reservado ao que pode ser chamado de Aprendizagem Mediada pela Tecnologia.
Como mencionado, não há dúvida de que a educação e a aprendizagem podem ocorrer em decorrência do ensino. Mas também não há dúvida de que a educação pode ocorrer através da auto-aprendizagem, i.e., através daquela modalidade de aprendizagem que não está associada a um processo de ensino, mas que ocorre através da interação do ser humano com a natureza, com outras pessoas, e com o mundo cultural. Uma grande proporção da aprendizagem humana acontece desta forma, e, segundo alguns pesquisadores, esse tipo de aprendizagem é mais significativa – isto é, acontece mais facilmente, é retida por mais tempo e é transferida de maneira mais natural para outros domínios e contextos – do que a aprendizagem que ocorre em decorrência de processos formais e deliberados de ensino (i.e., através da instrução).
O que é particularmente fascinante nas novas tecnologias disponíveis hoje, em especial na Internet, e, dentro dela, na Web, não é que, com sua ajuda, seja possível ensinar remotamente ou a distância, mas, sim, que elas nos ajudam a criar ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem nos quais as pessoas interessadas e motivadas podem aprender quase qualquer coisa sem ter que se tornar vítimas de um processo formal e deliberado de ensino. A aprendizagem, neste caso, é mediada apenas pela tecnologia.
Não há dúvida de que atrás da tecnologia há outras pessoas, que preparam os materiais e os disponibilizam através da rede. Quando alguém usa os recursos hoje disponíveis na Internet para aprender de maneiras auto-motivadas e exploratórias, ele usa materiais de diferentes naturezas, preparados e disponibilizados em contextos os mais variados, não raro sem qualquer interesse pedagógico, e ele faz isso de maneira totalmente imprevisível, que, portanto, não pode ser planejada, e num ritmo que é totalmente pessoal e regulado apenas pelo desejo de aprender e pela capacidade de assimilar e digerir o que ele encontra pela frente.
Por causa disso não parece viável chamar essa experiência de Ensino a Distância, como se fosse a Internet que ensinasse, ou como se fossem as pessoas por detrás dos materiais que ensinassem. O que está acontecendo em um contexto como o descrito é Aprendizagem Mediada pela Tecnologia, auto-aprendizagem, isto é, aprendizagem que não é decorrente do ensino.
Conseqüentemente, as principais categorias em que podem ser classificadas as principais maneiras de utilizar a tecnologia na educação são:
  • Em apoio ao Ensino Presencial
  • Em apoio ao Ensino a Distância
  • Em apoio à Auto-aprendizagem
Muitas pessoas poderiam ficar tentadas a justificar o Ensino a Distância simplesmente perguntando “Por que não?” Apesar disso, há boas razões para se discutir se o Ensino a Distancia é justificado, o que o justifica, e quais sãos os seus méritos vis-à-vis o Ensino Presencial.
De um lado há aqueles que presumem que o Ensino a Distância não difere, substantivamente, do Ensino Presencial. Se o ensino é algo que deve ser promovido, e é possível ensinar a distância, então o Ensino a Distância está justificado.
Do outro lado há aqueles que vêem vantagens no Ensino a Distância quando comparado ao Ensino Presencial: maior alcance, melhor razão custo/benefício, e, principalmente, maior flexibilidade tanto para ensinantes como para aprendentes, visto que eles acreditam que o Ensino a Distância pode ser realizado de forma tão personalizada a ponto de tornar-se instrução individualizada.
Contra essas duas posições favoráveis há aqueles que acreditam que, no Ensino a Distância, perde-se a dimensão pessoal que, mesmo que não seja condição necessária do próprio ensino, certamente o é para o ensino eficaz.
Deixando de lado, no momento, a segunda posição, há uma óbvia contradição entre a primeira e a terceira posição: os defensores da primeira posição pressupõem que não haja diferenças substantivas entre o Ensino Presencial e o Ensino a Distância (o caráter “virtual” do Ensino a Distância não sendo considerado essencial), enquanto os defensores da terceira posição acreditam que a “virtualidade” (ou caráter remoto) do Ensino a Distância remove da relação de ensino algo importante, ou mesmo essencial a ele, a saber, seu caráter pessoal, que, segundo eles, é o que torna o ensino eficaz.
Com quem está a verdade nesta disputa?
Uma concordância qualificada com a primeira posição parece justificada. O ensino envolve três elementos: o ensinante, o aprendente, e aquilo que o ensinante ensina ao aprendente (o “conteúdo”). Para o ensinante ensinar o conteúdo ao aprendente não é mais necessário, hoje, que ambos estejam em contigüidade espaço-temporal – isto é, que ambos compartilhem o mesmo espaço e o mesmo tempo.
Sócrates insistia (contra o ensino baseado na escrita) que a contigüidade espaço-temporal entre o ensinante e o aprendente é essencial para o ensino – mas apenas porque ele não conhecia, e nem podia imaginar, as telecomunicações modernas. Por causa disso, ele argumentou que o Ensino a Distância (em seu caso, o ensino baseado na escrita) impedia o diálogo, o questionamento e a resposta, a comunicação real e interativa entre os agentes envolvidos (ensinante e aprendente). Seu argumento obviamente não se aplica hoje.
O caráter pessoal de uma relação, hoje, é independente de proximidade física no espaço e no tempo. É possível, hoje, manter relacionamentos extremamente pessoais – até mesmo íntimos – a distância, usando os modernos meios de telecomunicação, envolvendo texto, sons, imagens (estáticas e dinâmicas). Por outro lado, a mera contigüidade espaço-temporal não é garantia de relacionamentos verdadeiramente pessoais. As salas de aula enormes que existem em algumas escolas freqüentemente permitem relações altamente impessoais entre professor e alunos, a despeito de sua proximidade no espaço e no tempo. Muitas vezes, nesses contextos, o professor nem mesmo sabe o nome de seus alunos, e é totalmente ignorante de suas características pessoais, que são grandemente relevantes para um ensino eficaz.
Isto posto, deve admitir-se que, outras coisas sendo iguais, a comunicação face-a-face, olho-no-olho, permite um ensino mais eficaz do que a comunicação remota ou a distância, mesmo quando os mais modernos meios de comunicação a distância são utilizados. Na comunicação face-a-face é possível detectar, com facilidade, as nuances dos componentes sonoros não-verbais da fala (o tom, o timbre e o volume da voz, o ritmo da fala, as pausas, as ênfases sutis) e da linguagem corporal (especialmente as expressões faciais [em que o contato dos olhos talvez seja o aspecto mais significativo], mas também a postura, a posição das mãos e dos pés, a possibilidade de que os interlocutores se toquem, etc.).
(Esta consideração é importante para uma tese que será defendida adiante, a saber: se um modelo de ensino não funciona quando utilizado nas melhores condições de comunicação, por que deveria funcionar quando as condições de comunicação não são tão favoráveis?)
Consideremos, agora, a segunda posição descrita atrás, a saber, a que defende a existência de vantagens no Ensino a Distância em relação ao Ensino Presencial. Se essa tese é correta, as vantagens do Ensino a Distância podem compensar a desvantagem que se destacou na seção anterior.
Foi dito, atrás, que os defensores da tese de que o Ensino a Distância é mais eficaz do que o Ensino Presencial apontam para seu maior alcance, sua melhor razão custo/benefício, sua maior flexibilidade (tanto para ensinantes como para aprendentes), e seu maior potencial de personalização e mesmo individualização.
Não há dúvida de que o Ensino a Distância tem maior alcance do que o Ensino Presencial. Um programa de Educação a Distância como o TeleCurso 2000 alcança milhões de pessoas cada vez que é ministrado – número infinitamente maior do que o que poderia ser alcançado se o mesmo curso fosse ministrado presencialmente.
Aqui a questão não é tão fácil decidir.
O custo de desenvolver (produzir) programas de Ensino a Distância de qualidade (que envolvem, por exemplo, televisão ou mesmo vídeo, ou software especializado) é extremamente alto.
Além disso, o custo de ministração (distribuição, oferecimento, entrega, “delivery”) desses programas também pode ser relativamente alto. Se eles forem distribuídos através de redes de televisão comerciais o custo de transmissão pode ser ainda mais alto do que o custo de desenvolvimento, com a desvantagem de ser um custo recorrente.
Por isso, esses programas só oferecem uma razão custo/benefício favorável se o seu alcance for realmente significativo (atingindo um público, talvez, na casa dos milhões de pessoas).
É verdade que o custo de desenvolvimento pode ser rateado pelos vários oferecimentos ou ministrações ("deliveries"). Um programa de Ensino a Distância bem feito pode ser oferecido e ministrado várias vezes sem que isso afete o custo de desenvolvimento. O único componente de custo afetado pelo oferecimento e ministração recorrente de um programa de Ensino a Distância é o de distribuição (entrega), fato que torna o custo de desenvolvimento proporcionalmente mais barato, por oferecimento e ministração, à medida que o número de oferecimentos e ministrações aumenta. Se o custo de entrega for alto, porém, essa redução proporcional do custo de desenvolvimento ao longo do tempo pode não ser tão significativa.
Muitas das instituições interessadas em Ensino a Distância hoje estão procurando "atalhos" que reduzam o custo de desenvolvimento. Infelizmente isso dificilmente se dá sem que haja uma redução na qualidade. Em vez de usar meios de comunicação caros, como televisão e vídeo, essas instituições empregam predominantemente texto no desenvolvimento do curso e o distribuem através da Internet (com um custo relativamente pequeno, tanto no desenvolvimento como na entrega). Além disso, para não aumentar o custo de desenvolvimento, o texto é muito pouco trabalhado, consistindo, muitas vezes, de textos que não foram elaborados com esse tipo de uso em mente, mas sim para ser publicados em forma impressa. Desta forma, o Ensino a Distância acaba não passando de um ensino por correspondência em que os textos são distribuídos pela Internet e não pelo correio convencional.
É verdade que freqüentemente se procura agregar algum valor aos textos disponibilizados oferecendo-se aos aprendentes a possibilidade de se comunicarem com o ensinante, com o autor do texto (caso não seja ele o ensinante) ou mesmo uns com os outros via e-mail (correio eletrônico) ou chat (bate-papo eletrônico). (E-mail é uma forma de comunicação assíncrona, enquanto o chat é uma forma de comunicação síncrona).
Quando o Ensino a Distância é entendido apenas como disponibilização remota de textos, ainda que acompanhado por e-mail e chat, é de crer que a sua razão custo/benefício, quando comparada à do ensino presencial, seja bastante favorável – mas há uma potencial queda de qualidade no processo.
É preciso registrar aqui, entretanto, que, se os textos disponibilizados forem preparados para se adequar ao meio, sendo enriquecidos por estruturas de hipertexto, anotações, comentários, glossários, mapas de navegação, referências (links) para outros textos igualmente disponíveis, que possam servir como discussões ou complementos dos textos originais, a eficácia do Ensino a Distância aumenta consideravelmente.
Dado o fato de que Ensino a Distância usa tecnologias de comunicação tanto síncronas como assíncronas, não resta dúvida de que, no caso das últimas, tanto os ensinantes como os aprendentes têm maior flexibilidade para determinar o tempo e o horário que vão dedicar, uns ao ensino, os outros à aprendizagem. Recursos como páginas Web, bancos de dados, correio eletrônico, etc. estão disponíveis 24 horas por dia sete dias por semana, e, por isso, podem ser usados segundo a conveniência do usuário.
É neste ponto que os defensores de Ensino a Distância colocam maior ênfase. Eis o que diz Octavi Roca, no artigo "A Autoformação e a Formação à [sic] Distância: As Tecnologias da Educação nos Processos de Aprendizagem", publicado no livro Para Uma Tecnologia Educacional, organizado por Juana M. Sancho (ArtMed, Porto Alegre, 1998):
"Na maioria dos profissionais da educação já existe a consciência de que cada pessoa é diferente das outras, que cada uma tem as suas necessidades próprias, seus objetivos pessoais, um estilo cognitivo determinado, que cada pessoa usa as estratégias de aprendizagem que lhe são mais positivas, possui um ritmo de aprendizagem específico, etc. . . . Assim parece óbvio que é preciso adaptar o ensino a todos estes fatores. Esta reflexão não é nova. As diferenças sempre têm sido reconhecidas. Mas, antes, eram vistas como um problema a ser eliminado, uma dificuldade a mais para o educador. . . . No entanto, agora se considera que é a partir daí que devemos organizar a formação e é nos traços diferenciais que devemos fundamentar a tarefa de formação: as capacidades de cada pessoa representam uma grande riqueza que é conveniente aproveitar . . . [para] proporcionar uma formação cada vez mais adaptada a cada pessoa em particular" [p.185].
Seria possível implementar essas características desejáveis que aqui se atribuem ao Ensino a Distância em programas de Ensino Presencial? À primeira vista, parece possível, mas é forçoso reconhecer que é difícil – a menos que a escola seja, de certo modo, reinventada.
Ou vejamos.
A escola (como hoje a conhecemos) não pode seriamente levar em consideração as necessidades, os interesses, o estilo e o ritmo próprio de aprendizagem de cada aluno, de modo a proporcionar a cada um uma formação adaptada a ele, porque esse tipo de ensino personalizado e individualizado se choca com o pressuposto básico da escola, a saber: a padronização.
Esperar da escola que produza formação adaptada às necessidades, aos interesses, ao estilo e ao ritmo de aprendizagem próprio de cada um de seus alunos é equivalente a esperar que de uma linha de montagem convencional de uma fábrica de automóveis saiam carros personalizados e individualizados para cada um dos clientes que vai adquiri-los. Não dá: a linha de montagem, como a conhecemos, foi feita para padronizar, para permitir que sejam feitos, com rapidez e eficiência, carros iguais, na verdade basicamente idênticos. A escola que conhecemos foi inventada para fazer algo semelhante em relação aos seus alunos: nivelá-los, dando-lhes uma formação padronizada básica, de modo que todos, ao se formar, tenham se tornado tão parecidos uns com os outros a ponto de se tornarem funcionalmente intercambiáveis. Qualquer grau de diferenciação que os alunos preservem ao final de sua escolaridade terá sido mantido a despeito da escola, não como decorrência de seu trabalho.
O modelo (ou paradigma) educacional adotado pela escola é centrado na transmissão de informação, do ensinante ao aprendente, através do ensino.
Esse modelo está ultrapassado e não é difícil explicar porquê.
Esse modelo é calcado no ensino. O ensino, como vimos, é uma atividade triádica, que envolve o ensinante, o aprendente e o conteúdo que o primeiro ensina ao segundo. A escola prioriza, nessa tríade, o conteúdo (o currículo) e, conseqüentemente, o ensinante, deixando o aprendente em último lugar – sua tarefa é meramente absorver o que lhe é transmitido. Por isso a escola é tipicamente "conteúdo-cêntrica" e, por causa disso, "magistro-cêntrica", enquanto a tendência descrita atrás (voltada para a flexibilidade e adaptada às necessidades, aos interesses, ao estilo e ao ritmo de aprendizagem de cada um) é "mateto-cêntrica", isto é, centrada no aprendente (adaptada às suas necessidades, aos seus interesses, ao seu estilo cognitivo e ao seu ritmo de aprendizagem).
O que é problemático nesse modelo convencional adotado pela escola não é o fato de que ele acontece presencialmente, face-a-face: é o fato de que ele não é suficientemente flexível para permitir o atendimento de aprendentes com diferentes necessidades, interesses, estilos cognitivos e ritmos de aprendizagem.
Pode uma educação personalizada e individualizada ser implementada através de Ensino a Distância?
Se o modelo empregado para Ensino a Distância é o mesmo que é usado no Ensino Presencial, teremos programas de Ensino a Distância que não diferem substancialmente de suas contrapartidas presenciais.
Se é fato sabido que esse modelo não funciona mais, mesmo em condições otimizadas de comunicação, em que o ensinante pode se comunicar face-a-face, olho-no-olho com os aprendentes, por que deveria ele funcionar em contextos em que o ensinante e os aprendentes se comunicam em condições sub-ótimas, como é o caso do Ensino a Distância?
Não parece sensível repetir, virtual ou remotamente, os erros de um modelo que não mais funciona em sua implementação presencial. Um modelo ou paradigma diferente se torna necessário.
O modelo de educação que caracterizará a sociedade da informação e do conhecimento provavelmente não será calcado no ensino, presencial ou remoto: será calcado na aprendizagem. Conseqüentemente, não será um modelo de Ensino a Distância, mas, provavelmente, um modelo de Aprendizagem Mediada pela Tecnologia.
Esse modelo deverá ser centrado no aprendente, em suas necessidades, em seus interesses, em seu estilo e em seu ritmo de aprendizagem. Quem quiser participar desse processo terá que disponibilizar, não cursos convencionais ministrados a distância, mas, sim, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem.
A Internet e a Web, ou seus sucedâneos, certamente terão um papel fundamental nesse processo.
A Internet, especialmente através da Web, caminha rapidamente para se tornar o grande repositório que armazenará todo tipo de informação que for tornada pública no mundo daqui para frente. O modelo, daqui para frente, não será alguns (os ensinantes) transmitindo informações a outros (os aprendentes), mas muitos (estudantes, trabalhadores, qualquer um que precise) vindo em busca de informação em lugares em que sabem que podem encontrá-la (a Web). Em linguagem da Internet, o modelo será muito mais “pull” (busca da informação) do que “push” (entrega da informação).
A tarefa de discutir, analisar, avaliar, e aplicar essa informação a tarefas práticas será realizada, mais e mais, não através da escola, mas através de grupos virtuais de discussão, onde cada um se alterna no papel de ensinante e de aprendente. O que é virtual aqui é o grupo, não a aprendizagem: esta é suficientemente real para satisfazer a maior parte das necessidades de aprendizagem das pessoas.
Se a escola puder se reinventar e tornar-se um ambiente de aprendizagem desse tipo, ela pode sobreviver. Mas a Internet, a Web, correio eletrônico, bate-papos, discussões baseadas em texto (grupos de discussão), videoconferências, etc., precisarão estar no centro dela e se tornar parte de sua rotina. O que aqui é dito da escola aplica-se a escolas de todos os níveis, inclusive às universidades.
Um exemplo de um ambiente de aprendizagem desse tipo é o grupo de discussão EduTec e o site EduTecNet, criados para a discussão do uso de tecnologia na educação. Seu URL é http://www.edutecnet.com.br/ .

[*] Trabalho escrito para The Encyclopaedia of Philosophy of Education / A Enciclopédia de Filosofia de Educação, editada por Michael A. Peters e Paulo Ghiraldelli Júnior, http://www.educacao.pro.br/ (especificamente: http://www.educacao.pro.br/tecnologia.htm )
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